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Quiosque do Ken

SOBRE OS AROMAS EQUIVALENTES

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Só há pouco tempo é que me apercebi da dimensão que o mercado dos perfumes "equivalentes" tem a esta altura: ela há nas farmácias, cabeleireiros e até em revendedores particulares. Não critico que usa, e muito menos quem compra, no entanto tenho uma opinião fundamentada sobre este tema.

 

Comparo o uso de perfumes "equivalentes" ao uso de malas, carteiras, roupa "fake". Por mais que consigamos enganar o próximo (e eu nunca percebi muito bem esta coisa de termos de dizer que temos isto ou aquilo de determinada marca) no fundo nós saberemos que o que estamos a usar é uma imitação. Nunca é a mesma coisa. Explico porquê:

 

A industria dos perfumes, muitos deles (os mais vendidos em aromas equivalentes) estão intimamente ligados à moda, a marcas cujo a premissa é o glamour, a sofisticação, a exclusividade, estão ligados a um sonho. Um sonho materializado não só no aroma, mas também no packaging, no frasco - que na maioria dos casos é desenhado por designers de reconhecimento mundial. 

 

Quando compramos uma fragrância Chanel, Valentino, Carolina Herrera, ou outra qualquer no mesmo patamar, estamos a entrar  numa aventura e a participar numa história da qual queremos fazer parte. Isso não se consegue num perfume equivalente, despido da "nobreza" característica de um perfume original.

 

Depois disto, é impossível reproduzir num aroma equivalente todo o trabalho de pesquisa e dedicação de perfumistas, e de casas de perfumes com séculos de história como a "Maison Guerlain". É importante referir que esta última, por exemplo, desenvolve todas as suas fragrâncias com o maior cuidado, seleccionando as melhores pétalas de flores para conseguir ter as melhores essências nos seus aromas. Os perfumistas viajam por todo o mundo à procura das plantas mais raras para que daí se consiga extrair a melhor essência que dará um dia origem a um perfume.

 

Eu sei e admito que os perfumes têm um preço elevado, mas quando analisamos toda esta questão percebemos que o preço de um sonho tem mesmo de ser este. Até chegarem às perfumarias, todos os aromas têm um percurso complexo.

 

Por isso sempre que puderem mantenham-se originais: um bom perfume, um perfume à séria marca a diferença. Um equivalente não! 

 

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O REGRESSO DE JUDITE DE SOUSA

Não costumo escrever muito sobre estes temas. Mas a verdade é que fiquei horrorizado com o que se escreveu e com as críticas menos simpáticas sobre o regresso de Judite de Sousa ao écran. Tal como milhares de pessoas, também eu assisti à entrevista de Judite a Cristiano Ronaldo. Não foi nada do outro mundo, Judite de Sousa estava nervosa. Estava! Não é normal? É!

 

Todos nós, individualmente e à sua maneira, sentimos tristeza e desgosto pela perda de Judite. Lembro-me perfeitamente da voz da minha mãe, horrorizada, quando me informou do sucedido. Ligou-me em estado de choque referindo que nenhum pai deveria passar pela dor de perder um filho. É certamente uma dor incalculável de um tamanho tão grande que se aproximará do VAZIO. 

 

Voltando ao regresso de Judite: a sensação com que fico, é que fosse nesta entrevista a Cristiano Ronaldo, ou noutra situação qualquer, todos nós teríamos os olhos postos na fragilidade de Judite de Sousa. Todos nós estaríamos atentos ao seu comportamento, à forma como iria regressar. É impossível tirar essa centralidade e atenção do foco Judite.

 

No entanto, e teremos todos que entender e que perceber que a Judite de Sousa, que conduziu aquela entrevista, é hoje uma mulher diferente do que foi outrora. Jamais será a mesma certamente. Isso não é necessariamente mau. Para mim continua a ser uma excelente profissional, e uma jornalista com quem todos simpatizam e que a maioria gosta e quer voltar a ver no écran.

 

O menos bom deste regresso foi sem dúvida a falta de solidariedade e os comentários desnecessários, vazios de conteúdo, de valores e sem qualquer sentido construtivo. O que esperavam? Que o regresso fosse igual ao outrora? Não poderia ser. Fosse nesta ou noutra entrevista qualquer. Não perceber isso revela ignorância...Não há um tempo definido para se ultrapassar e para se esqueça a dor de perder um filho. E a Jornalista Judite de Sousa tinha de voltar...este regresso certamente far-lhe-á bem.

 

Como qualquer profissional, a Jornalista e mulher Judite de Sousa tem direito a recomeçar a sua vida no mesmo ponto de partida. Uma vida que verá e viverá de outra forma certamente, mas com o mesmo profissionalismo de sempre. Ela como outro ser humano qualquer merece essa oportunidade. 

 

Há uma frase de uma amiga jornalista, que apanhei algures a circular na internet que resume tudo na perfeição: "Judite voltou no tempo dela e com a dor dela. Somos todos demasiado exigentes com as pessoas fortes. É como os pais com os filhos: muitas vezes não desculpam aos filhos mais fortes o mesmo que toleram aos mais fracos."

 

Judite de Sousa regressa hoje mais uma vez ao écran. E ainda bem. Enquanto espectador cá estarei deste lado para a apoiar.

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OS TÁXIS DE LISBOA

Andar de táxi em Lisboa está longe do glamour das séries e filmes americanos. É um terror, um desespero, um sufoco. E EU GOSTO DE ANDAR DE TÁXI...dou-lhes imenso dinheiro a ganhar...que dou. Sou pessoa sem carta que anda sempre em movimento de um lado para o outro e à procura de um táxi.

 

Mas sempre que entro num táxi penso: O QUE É QUE SERÁ QUE ESTES MOTORISTAS TOMAM? ONDE É QUE ELES SE AVIAM DESTAS DROGAS QUE EU TAMBÉM QUERO!

 

É que são escolhidos a dedo! Hoje vi-me grego para conseguir que um taxista me transportasse do Campo Pequeno à Cruz Quebrada...ninguém sabia onde ficava o raio da rua...só à 6 tentativa é que consegui que me levassem ao destino...e a custo!

 

Eu pergunto-me: E GPS? Não? Se estes senhores são motoristas profissionais, espera-se que saibam o caminho, e se não o souberem espera-se que tenham instrumentos que os ajudem. Um mapa à antiga? Um Iphone? QUALQUER COISA!

 

Eu peço desculpa a todos os outros taxistas entendidos, e simpáticos e que sabem sempre os caminhos mais curtos e tudo e mais alguma coisa. Mas hoje fiquei agarrado e não foi bonito! 

 

Pronto já desabafei...tive um dia mau...e alguém tem de levar comigo :)

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O QUE É UM ESCRITOR CONFIANÇA?

Não me vou alongar muito no assunto...até porque acho que não há assim grande coisa a dizer. Hoje em dia há selos e categorias para tudo. São várias as entidades [supostamente] isentas que atribuem selos quer de qualidade, quer de confiança...há um roll de produtos sem fim e contribuem para a escolha final do consumidor. Não ponho em causa os processos de decisão e os resultados das provas cegas deste tipo de instituições. Mas confesso que desde que me conheço enquanto consumidor; e olhem que sou pessoa que consome muito, quando nasci, nasci com defeito e com uma queda especial para consumir; nunca ninguém me perguntou o que acho do produto x ou y, o que é uma pena porque eu SINTO que tinha muito a dizer sobre tantos produtos!

 

Olha, um destes dias crio um selo do Quiosque do Ken para validar e atribuir aos produtos e escritores (que pelos vistos também são um produto) que me apetecer e que me der na gana. 

 

Mas adiante...

 

Esta manhã, ainda meio a dormir acordei para a vida quando vi a campanha do novo livro do jornalista José Rodrigues dos Santos (atenção que não tenho nada, mas mesmo NADA contra a escrita do José Rodrigues dos Santos. Aliás, gostei de tudo o que li, uns livros mais, outros menos...mas isso é como tudo na vida), sou sincero, não me lembro do nome do novo livro porque fiquei fixado no selo gigante que ocupa grande parte do cartaz com esta expressão: ESCRITOR DE CONFIANÇA

 

 

Confesso, não sei muito bem o que pensar disto. Acho estranho um escritor ser certificado com um selo. Uma coisa seria ter algo que indicasse os milhares de exemplares vendidos...AGORA UM SELO DE CONFIANÇA? O que quererá dizer? Será que me querem dizer que se eu comprar um livro escrito pelo José Rodrigues dos Santos, fico satisfeito? Será do género: podes levar que é à confiança...vais ler e gostar de certeza. E se eu não gostar? RECLAMO COM QUEM? Com a revista das Selecções do Reader's Digest que atribuiu o selo?

 

É que uma coisa é dizerem-me que o SKIP é uma marca de confiança, é um produto com uma missão específica: tira nódoas, serve para lavar roupa, branqueia...e por norma já sei que se o comprar vou conseguir resolver o meu problema da roupa suja. É objectivo (e mesmo aqui há opiniões divergentes).

 

Agora a escrita? Atribuir um selo deste género a um escritor não me faz sentido. Mas isso é a mim...que durante todos estes anos, e trabalho em comunicação, contam-se pelos dedos o número de revistas das Selecções do Reader's Digest que me passarem pelas mãos e pela vista. 

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