AS ESCOLHAS DE...
{ JOANA MIL-HOMENS }
Welcome Joana!
A Joana é das pessoas mais interessantes, dinâmicas, cultas, criativas e bem dispostas que já conheci. A opinião dela, para mim, vale e vale muito.
Para além de saber várias e variadíssimas coisas, a Joana sabe sempre quais as séries do momento e quais é que vale a pena ver (é uma espécie de selo de qualidade).
Ela sabe detalhes sórdidos sobre realizadores, produtores...aderecistas...sabe quem filmou o quê...onde, quando...porquê...TUDO!
E como se não bastasse, ainda é pessoa para possuir um humor bestial.
Apresento-vos a Joana, na primeira pessoa:
"Quando o fofo do Roberto me pediu que escrevesse uma lista de recomendações, soube logo que ia falar de séries de TV. Enquanto fazia contas de cabeça achei por bem simplificar. Sitcoms. A comédia de situação tem duas coisas com que me relaciono com facilidade: faz rir e tem curta duração, o que para pessoas com uma vida agitada e a capacidade de concentração de um peixe de aquário é um plus.
Assim, avanço com cinco capazes de me levar às lágrimas onde esteja (e qualquer que seja o meu estado de alma). Não são as melhores (deixo de fora a maioria das inglesas - se voltar a ser convidada, faço um post só sobre sitcoms britânicas), mas são as que considero fazem parte da história de como a Joana se tornou adoradora de comédias.
# 1
Seinfeld
Seinfeld
Quem me chamou a atenção para o Seinfeld foi o meu primo mais velho. Acontece que o meu primo mais velho é igual ao Seinfeld. Fui muitas vezes gozada por uns olhos azuis que piscavam muitas vezes numa cara que continha o riso. Para além disso, sou o George (com cabelo). Há muita gente que diz que é o George e todos rebolam os olhos, mas eu sou mesmo o George. Claro que me viciei e, durante os longos verões no tempo em que as férias eram infinitas, a minha irmã e eu jogávamos canasta com a Avó até à hora do Seinfeld. O absurdo das situações, os diálogos, os pais do George, o Kramer, o Newman. Enfim, foi o meu despertar para a comédia, como o Albert Delegue foi o meu despertar para o sexo oposto.
# 2
Alô, Alô
Alô, Alô
Já em pequena achava graça ao Alô, Alô. As situações são bizarras e a comédia nem sempre tão sofisticada que não ponha uma miúdita a rir. Mas já vi o Alô, Alô mais velha e agora acho aquilo tudo genial. As personagens são deliciosas. O Herr Flick é uma referência até hoje e "The Fallen Madonna With The Big Boobies" faz parte da história de arte contemporânea. A velha, as missões, é tudo hilariante e ao mesmo tempo refrescante.
# 3
The Office
The Office
Comecei pela versão em inglês e fiquei logo conquistada pelo Ricky Gervais. O absurdo daquilo tudo é que, vim a perceber mais tarde quando comecei a trabalhar, é que encontramos pessoas assim. Bom, que talvez tenham pudor em assumi-lo perante as câmaras, mas que sabemos que são assim. Olhei desconfiada para o americano e, embora admita que não é a mesma coisa, acabei rendida. A cena do parkour no inicio da sexta temporada provoca em mim o mesmo efeito da cena do apedrejamento no Life of Brian - rio-me às gargalhadas e qualquer que seja o mal que me aflige, sinto-me melhor depois de as ver. É a série que gostava de ter escrito - e acreditem que, só da minha experiência pessoal, tinha material para isso.
# 4
Arrested Development
Arrested Development
Esta série chegou-me às mãos (aos olhos) em 2007. Tinha partido a perna e um querido amigo levou-me os DVD's da série (que aliás ficaram na minha posse até há poucos meses). Comecei contrariada, os meus humores não andavam no auge. E depois rendi-me. Todas as famílias são disfuncionais, mas a família Bluth é genialmente atípica. Não consigo escolher preferidos: do Closeted Tobias, à adoravelmente fria e sarcástica Lucille, todos são maravilhosamente cómicos e absurdos e interagem no que considero ser o melhor guião que alguma vez me foi dado a apreciar.
# 5
Wilfred
Wilfred
A minha mais recente paixão. Depois de uma noite em que se tenta suicidar, Ryan começa a ver o cão da vizinha como um humano vestido de cão. E Wilfred (o cão) comporta-se a tempos (em nada coordenados) como homem e como cão. Wilfred fuma erva como um homem e corre atrás de motas. Wilfred tem um affair com um urso de peluche gigante que trai com uma girafa de peluche (também gigante). É genial e vem acompanhada de citações deliciosas que acabam por ser o mote de cada episódio (a minha preferida é de um provérbio que diz "Conscience is the dog that can't bite, but never stops barking.")."
NOTA: Outros textos tão bons como este, escritos por ela, podem ser encontrados aqui.