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Quiosque do Ken

NÃO SEI LIDAR COM A MORTE

Não devo ser o único certamente. Mas a morte é algo com o qual não sei lidar. Por norma sou controlado e consigo gerir as emoções de forma coerente. Consigo mostrar-me tranquilo quando não estou, consigo mostrar-me feliz quando não o estou, excepto quando algo que me é muito querido desaparece...aí a coisa muda de figura e não consigo gerir.

É normal. A morte (para mim) é definitiva. Sei que quando atinge alguém que nos é muito querido, não há nada que possamos fazer. Perdemos o controlo da situação. Talvez por isso seja tão difícil.

Cá em casa temos uma série de animais: uma cadela, duas gatas...e tínhamos um canário, o Pipoca.

Tínhamos porque ontem o Pipoca morreu.

Quando algum dos nossos animais morre o sentimento de vazio é imenso. O sentimento de culpa e o facto de pensarmos constantemente se poderíamos ter feito mais alguma coisa para salvar a alma inocente de um ser que depende exclusivamente de nós é atroz. 

Desde criança que tenho pássaros:  aliás a minha mãe tem ainda com ela 2 papagaios que me acompanharam nas fases mais importantes do meu crescimento: a Rubi (que tem 31 anos) e o Leonel (que terá 15). 

Ora eu tenho 30, o que faz da Rubi, para mim que sou filho único, a minha irmã mais velha. 

Por isso e para mim pessoalmente, ver um passarinho morrer, sobretudo morrer de um dia para o outro sem razão aparente, e sem me deixar margem de manobra para tentar encontrar uma solução, é algo que me custa e algo que não sei gerir.

Os animais são talvez os seres mais leais que possamos encontrar. E o Pipoca apesar de ser um canarinho pequenino, era de uma lealdade e beleza extremas. Como todos os "nossos" animais, o Pipoca era único, tinha a particularidade de "cantarolar" as músicas da Barbra Streisand. Era ligar o Ipod e ouvi-lo acompanha-la na perfeição...e é disso que me vou lembrar....



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